segunda-feira, 28 de junho de 2010

Parabens Ilheus pelos 476 anos.




Realmente temos de celebrar uma data tão importante, da nossa querida Ilhéus, nossa Rainha, mãe da nossa civilização grapiuna. Bela por natureza, maltratada pelos politicos para nossa tristeza!


Ilhéus já foi capitania hereditária e seu território ia do mar até o centro-oeste do Brasil, esbarrando na linha que dividia o continente entre Portugal e Espanha. Por essa predestinação histórica, a terra de São Jorge (que hoje, graças a Jorge Amado, é mais conhecida como terra da Gabriela), foi a “mãe” de toda a região sul do Estado. Quando Itabuna nascia, ainda como mera vila ilheense, a ex-capitania já contava mais de três séculos de existência.

Ainda assim, houve um momento, em meados do século XX, em que a filha Itabuna ultrapassou a mãe em importância econômica e assim tem sido até hoje. Itabuna cresceu, atraiu investimentos, enquanto Ilhéus em diversos aspectos estagnou-se.

Os ilheenses mais velhos se lembram que a história era outra quando não havia a BR-101. Então, as mercadorias chegavam pelo mar e eram estocadas por grandes atacadistas, cujos depósitos ficavam em Ilhéus. Quando surgiu a estrada, Itabuna ficou em posição estratégica, passando a ser o centro de uma região que hoje soma uns 2 milhões de habitantes. Ilhéus virou periferia.

Pois nestes seus 476 anos, Ilhéus vislumbra um momento de retomada. Megainvestimentos em infraestrutura vão desembocar na cidade, gerando uma expectativa de desenvolvimento e geração de emprego e renda como há muito não se vê na terra que muitos dizem ser a do “já teve”. Agora, estão projetados porto, aeroporto internacional e a ponta de uma ferrovia que ligará o litoral baiano ao centro-oeste.

A falta de uma logística de transportes sempre foi um problema para o desenvolvimento da economia baiana. Não tem sido diferente em Ilhéus, que perdeu seu espaço justamente quando o fluxo de mercadorias passou a usar outros caminhos.

Hoje, logicamente outros elementos além da economia preocupam a sociedade, como é exemplo a questão ambiental. É preciso desenvolver com sustentabilidade, reduzindo-se os impactos à natureza e ampliando-se ao máximo os ganhos sociais de cada projeto. O debate deve ser esse, sem cair na sandice de simplesmente combater o desenvolvimento, como se manter as coisas do jeito que estão fosse a resposta que os ilheenses há tanto tempo esperam. Certamente não é.
Fonte: Pimenta na moqueca

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