domingo, 4 de julho de 2010

Bacelar desmente governistas sobre aumentos da PM

Os trilhos da CPI do Metrô, que investiga as supostas irregularidades nas obras, estão descarrilados desde a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito, no dia 7 de abril, ou seja, há exatos 83 dias. O colegiado deveria se reunir toda quarta-feira, entretanto, não é o que tem acontecido. Apenas dois parlamentares estiveram presentes no que deveria ter sido a reunião de hoje: Álvaro Gomes (PCdoB), presidente da CPI, e Elmar Nascimento (PR), autor da proposta do colegiado, mas, pela terceira vez consecutiva, o encontro não ocorreu por falta de quórum. A CPI, que tem o prazo regimental de apuração de até 180 dias, agora será prorrogada para o fim da legislatura: 31 de dezembro, já que não pode ser protelada para o próximo ano. A comissão deve convocar, segundo o comunista, para prestarem esclarecimentos, Luis Otávio Valadares, da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) - que administrava o sistema antes da Prefeitura de Salvador, e Soares da Costa, do Consórcio Impregilo – ganhador da licitação do metrô em 1999. Questionado sobre como fará a investigação sem a presença dos parlamentares, Álvaro Gomes foi enfático. ''Mesmo sem os integrantes vou convocar os envolvidos. Mas pesquisarei se é regimental'', ponderou. O republicano Elmar Nascimento justificou a ausência dos colegas. ''Tínhamos os festejos juninos, a Copa do Mundo e as eleições'', amenizou. Além de investigar, a Comissão Parlamentar de Inquérito tem poder de polícia e justiça. Dessa forma, os representantes convocados devem comparecer à Assembleia Legislativa para prestarem depoimentos. O colegiado conseguiu ouvir somente dois Procuradores da República, Wilson Rocha de Almeida e Vladimir Aras, que alertaram os legisladores sobre a possível anulação da CPI, caso adquiram provas obtidas de forma ilícita.

Fonte: Política Livre

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