quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Debate TV Bahia: Geddel acusa Wagner de prejudicar Salvador.


Durante debate transmitido pela TV Bahia, encerrado na madrugada desta quarta-feira (29), o candidato do PMDB ao Governo do Estado, Geddel Vieira Lima, acusou o atual governador Jaques Wagner de prejudicar a população de Salvador ao não repassar à Prefeitura, R$ 19 milhões para a manutenção do Samu, o serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Ele rebateu a alegação do secretário de Saúde, Jorge Solla, em entrevista à imprensa, de que o não pagamento se deve a um “encontro de contas” entre o Município e o Estado, informando que o Ministério da Saúde, em relatório oficial, afirmou que, independente do débito da Prefeitura, os recursos são específicos para o Samu e, portanto, obrigatoriamente têm que ser repassados.

“O governador deveria imediatamente mandar pagar os R$ 19 milhões, para não prejudicar ainda mais a população de Salvador”, disse o candidato do PMDB. Wagner nada respondeu.

No debate, apresentado pelo jornalista William Waack, Geddel demonstrou que Jaques Wagner, seu principal adversário, não foi capaz de cumprir as promessas feitas na campanha que o elegeu. O atual governador não conseguiu responder, entre outras questões levantadas pelo peemedebista, onde e quantas casas construiu nas vilas para policiais militares, no programa eleitoral, em 2006, prometeu implantar.

“A tecnologia moderna diz que não se deve construir casas para militares no mesmo lugar, porque eles já passam o dia trabalhando juntos”, tentou justificar o atual governador.

Geddel duvidou da lógica da informação do seu adversário e, dirigindo-se aos policiais, indagou se eles estariam efetivamente sendo beneficiados por algumas das ações habitacionais do governo e se consideravam “moderno”, ao invés das vilas militares, muitos deles continuarem morando ao lado de bandidos, expondo ao risco as suas famílias. O peemedebista garantiu que, no seu governo, as vilas militares vão sair do papel, através do programa de habitação que vai criar para atender especificamente ao funcionalismo estadual.

“O meu programa de governo foi feito com muito critério e responsabilidade. As nossas propostas são possíveis de serem cumpridas. Estranho que só agora, quatro anos depois, o governador tenha descoberto que a tecnologia moderna não aconselha a construção de vilas militares. Ele prometeu isso na campanha e certamente, teve votos de policiais por conta dessas promessas”.

A habitação para os policiais não foi o único tema explorado pelo candidato do PMDB, para mostrar o caos existente na área de segurança pública. A uma pergunta do candidato do PV, Luis Bassuma, relacionada com políticas para a juventude, Geddel, além de descrever as ações previstas no seu programa de governo para a educação (implantação de creches, educação pré-escolar, extensão do ensino profissionalizante à metade da rede pública do ensino médio e a criação da bolsa estudantil), garantiu que a política de segurança pública no seu governo vai “evitar que os jovens sejam presas fáceis, como acontece hoje, do crack e outras drogas”.

Em outro bloco, questionado por Wagner a respeito dos seus projetos para a mobilidade urbana de Salvador, Geddel apresentou a proposta de estadualizar o metrô, devido a incapacidade da Prefeitura em assegurar os investimentos necessários. Ele defende a extensão do metrô até um ponto em que possa atender a Região Metropolitana, além da criação de novas vias em Salvador, ligando a BR-234 com a Orla; o corredor exclusivo de ônibus entre a Rótula do Abacaxi e o Aeroporto, pelo canteiro central da Paralela; e duas novas rodovias margeando a Baía de Todos os Santos, interligando o Recôncavo à Capital.

Geddel procurou também demonstrar a sua preocupação com o fato da Bahia, com a atual gestão, ter perdido capacidade de investimento e não ter iniciativa na formulação de projetos próprios, tornando-se dependente das ações do Governo Federal.

“É claro que o presidente da República vai estar aqui amanhã (quarta-feira), para inaugurar os três viadutos (na Rótula do Abacaxi), porque tem que vir, a obra é dele, o projeto e os recursos são federais”, constatou e, dirigindo-se a Wagner disse que só vê o atual governador citando como suas, obras federais, como o Complexo 2 de Julho (viadutos de acesso ao Aeroporto de Salvador), Porto Sul e Ferrovia Oeste-Leste.

O candidato do PMDB procurou também estabelecer nas suas intervenções, um diferencial do seu estilo e propostas de governo, em relação ao ao candidato do DEM, o ex-governador Paulo Souto. A ele, Geddel recomendou que se reunisse com a sua equipe para estudar melhor o seu programa de governo, já que no debate anterior (promovido pela TV Itapoan), o criticou por apresentar a proposta de criação da Bolsa Estudantil, embora essa mesma proposta esteja no programa de governo do representante do Democratas.

Assessoria de Imprensa do PMDB da Bahia

Nenhum comentário:

Postar um comentário