segunda-feira, 9 de agosto de 2010

PORTO DE ILHÉUS: O DESENVOLVIMENTO TEM PRESSA


A história portuária de Ilhéus sempre esteve diretamente ligada à lavoura de cacau na região. No início do século XX, surgiu a necessidade da instalação de um porto para escoar a produção e nos anos 20, iniciou-se a construção do primeiro porto de Ilhéus, na foz do Rio Cachoeira. Já na década de 40, foi detectada a necessidade de construção de um novo porto. Decidiu-se pela sua construção na ponta do Malhado, o primeiro porto a ser construído em mar aberto no Brasil. Em 1977, o antigo porto totalmente desativado, teve seu patrimônio e controle incorporado, juntamente com o Porto do Malhado, à Companhia das Docas do Estado da Bahia (CODEBA), na condição de empresa de economia mista estatal. Os sócios são o Estado da Bahia e a União Federal.

Hoje, o porto de Ilhéus, mesmo sem a atividade cacaueira intensa de antes, representa um vetor estratégico para a economia baiana, como porta de saída de nossa produção, seja para a exportação ou para outros mercados nacionais. Entretanto, para assumir este papel, é preciso que ele seja modernizado e integrado a outros recursos intermodais, acompanhando a configuração contemporânea dos equipamentos portuários. Isso nós vamos tirar do papel.

A requalificação do porto de Ilhéus será feita com um conjunto de ações, adicionando recursos públicos suficientes para alavancar mais infra-estrutura, enquanto o Porto Sul não se tornar realidade, coisa que pode demorar muitos anos. Mesmo depois, o Porto de Ilhéus formará juntamente com o futuro Porto Sul, um dos mais eficientes complexos portuários da América Latina, potencializado pela Ferrovia Oeste Leste, uma obra do governo federal que depende totalmente de um porto novo. Caso o governo estadual não seja suficientemente hábil para conseguir que o governo federal crie um porto público no local, corremos o risco de que ali se instale -por exemplo- um terminal de uso privativo de alguma mineradora.

Vamos fazer um acesso rodoviário exclusivo desde a rodovia Ilhéus-Uruçuca até o porto de Ilhéus, afastando as carretas do trânsito urbano. Vamos buscar apoio junto ao governo federal e conseguir recursos para aprofundar o leito do canal e da bacia de evolução, construir mais 200.000 m² de retro-área, implantar novas plataformas de acostagem, introduzir sistemas operacionais de contêineres e cuidar da regularização ambiental junto ao IBAMA.

Também iremos investir na construção de um terminal de passageiros para os cruzeiros turísticos marítimos, com infra-estrutura adequada ao recebimento de turistas, visando ampliar a permanência dos cruzeiros que realizam escalas no porto e atrair novas rotas, desenvolvendo o turismo na região, que já possui enormes atrativos. Para isto será necessário revitalizar o turismo local, o que também faremos.

Todas estas ações irão atrair cargas de alto valor agregado, sobretudo produtos industriais acabados oriundos da ZPE-Zona de Processamento de Exportações local, que vamos apoiar para ser -ao contrário do que é atualmente- grande e forte. As fontes de recursos para estes investimentos deverão ser do estado, da liberação de recursos para a CODEBA, além de parcerias com o setor privado. O prazo para realização de tudo isso é de apenas dois anos a partir do início das obras; porque em quatro anos dá pra fazer muito mais que isso: dá pra fazer um grande governo e levar a Bahia de volta à liderança econômica do Nordeste
Fonte: Site de Geddel 15

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